
Setembro Amarelo: como cuidar da saúde emocional e reconhecer os sinais de alerta
Setembro Amarelo é uma campanha nacional de prevenção ao suicídio. Dados do Ministério da Previdência Social apontam que foram quase meio milhão de afastamentos do trabalho somente em 2024. Esse é o maior número em mais de dez anos.
Esses dados alarmantes mostram a importância de cuidar da saúde mental dos brasileiros. Uma das melhores formas é saber reconhecer sinais de alerta e buscar ajuda o quanto antes, atitudes que salvam vidas. O autocuidado é igualmente importante, realizando consultas de acompanhamento e exames sempre que necessário.
Neste artigo, você entenderá o que é a campanha Setembro Amarelo, conhecerá os sinais de alerta e receberá instruções sobre como cuidar da saúde mental e quando buscar ajuda profissional. Continue a leitura!
O que é o Setembro Amarelo
A campanha Setembro Amarelo surgiu logo após o suicídio de Mike Emme, aos 17 anos, em setembro de 1994 nos Estados Unidos. Em seu velório, seus amigos distribuíram cartões com fitas amarelas e mensagens de apoio para pessoas com transtornos mentais e emocionais.
Inspirados nessa história, o Centro de Valorização da Vida (CVV), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) trouxeram essa campanha preventiva para o Brasil em 2015. Os objetivos principais são a prevenção do suicídio, a escuta ativa, o acolhimento e desestigmatização do assunto.
A conscientização social sobre esse tema é essencial, permitindo falar abertamente sobre assuntos considerados difíceis como o suicídio. Essa abertura possibilita o acesso à informação, o cuidado de quem necessita e combater ideias preconceituosas relacionadas ao assunto.
Sinais de alerta para a saúde emocional
Os sinais de alerta para a saúde emocional podem variar de acordo com a condição que a pessoa enfrenta. Ainda assim, existem alguns indícios evidentes da necessidade de ajuda:
- mudanças de comportamento bruscas;
- busca constante por isolamento;
- agressividade;
- queda no rendimento;
- discursos frequentes sobre morte, sensação de inutilidade e desesperança.
As pessoas em volta devem estar atentas a esses sinais e ajudar no encaminhamento ao tratamento. Familiares e amigos devem demonstrar empatia, acolhimento, criando um ambiente seguro para que a pessoa possa expressar seus pensamentos e sentimentos, incentivando também a busca por ajuda profissional.
Nesse sentido, campanhas como o Setembro Amarelo reforçam a importância da prevenção ao suicídio e da valorização da vida, incentivando a procura por apoio psicológico.
No contexto do ambiente de trabalho, as empresas precisam avaliar se o ambiente ou a função está impactando a saúde mental de seus colaboradores. Além de oferecer materiais de apoio, é essencial estar atento às relações entre colegas, à carga de trabalho e a cobranças e pressões excessivas.
Profissionais da saúde podem reconhecer precocemente os sinais de alerta para a saúde emocional. Profissionais da saúde primária podem perceber os padrões de comportamento associados ao sofrimento mental e encaminhar pacientes para os especialistas. Então, psicólogos e psiquiatras iniciam o tratamento para evitar o agravamento do transtorno e melhorar a qualidade de vida do paciente.
Cuidar da saúde mental é cuidar da vida
Os hábitos de vida estão diretamente relacionados à saúde física e mental. Por isso, implementar práticas de autocuidado no dia a dia ajudam tanto a prevenir transtornos emocionais quanto controlar os sintomas em associação ao acompanhamento médico. Os principais cuidados incluem:
- sono: dormir bem é importante, porque é nesse período que o cérebro processa informações, regula a emoção e reduz o estresse;
- alimentação: dietas nutritivas melhoram sintomas, enquanto deficiências nutricionais pioram o estado emocional, já que a alimentação regula o humor e as funções cognitivas;
- atividade física: libera hormônios responsáveis pela sensação de bem-estar, reduzindo sintomas de ansiedade e depressão;
- terapia: oferece ambiente para autoconhecimento, ajuda a superar eventos traumáticos, instrui como lidar com os sintomas dos transtornos e proporciona um acompanhamento profissional.
A rede de apoio, composta por familiares, amigos e outros vínculos sociais, como colegas de trabalho, previnem o sentimento de solidão e isolamento, que impactam a saúde mental. Essas conexões também proporcionam conforto em momentos difíceis e validação emocional, praticando a escuta ativa sem julgamentos.

Quando buscar ajuda profissional
Sintomas e comportamentos persistentes indicam o momento de buscar ajuda profissional. A tristeza é um sentimento normal e humano, que aparece momentaneamente após alguma situação desafiadora, durante dias ou semanas, sem impactar significativamente atividades cotidianas.
Já o quadro de depressão ou ansiedade manifestam sintomas mais intensos e constantes, que não passam após semanas. Com isso, causam sofrimento e comprometem a realização de atividades cotidianas mesmo simples, como se arrumar ou sair de casa.
Nessas situações mais críticas, a pessoa deve ser encaminhada para a psicoterapia, atendimento com psiquiatra ou algum grupo de apoio. Esses profissionais são capacitados para realizar o diagnóstico correto e iniciar o tratamento adequado. O Setembro Amarelo reforça a importância de reconhecer esses sinais.
Frequentemente, a deficiência de vitaminas pode causar sintomas parecidos com sinais de depressão e ansiedade ou até mesmo piorá-los em pacientes com esses transtornos. Por isso, exames laboratoriais podem auxiliar no diagnóstico complementar, identificando:
- níveis hormonais: desequilíbrios influenciam nas mudanças de humor, flutuações de energia e motivação;
- deficiências de vitaminas: também impactam a estabilidade, bom humor e vitalidade;
- inflamações: pode causar estresse crônico, dificultar os processos de adaptação cerebral e a regulação do humor.
A medicação para o tratamento de condições mentais não deve ser vista com preconceito, mas seguida corretamente para aliviar sintomas que comprometem o bem-estar de milhões de pacientes. Também precisa ser avaliada com cuidado, tomada somente com prescrição e acompanhamento médico.
Saúde emocional no ambiente de trabalho
Os dados demonstram a relação de transtornos mentais com o ambiente de trabalho. O estresse ocupacional é o primeiro sinal de alerta, provocando reações físicas quando ocorrem mudanças ou aumento excessivo de responsabilidade.
Na Síndrome de Burnout, surge um estresse crônico que impossibilita dar conta das tarefas, um distanciamento dos colegas e uma sensação frequente de insuficiência, incompetência e insegurança. Como consequência, há a diminuição na produtividade e na qualidade das entregas e maior possibilidade de conflitos.
As empresas precisam encarar o cuidado emocional como parte da cultura organizacional. Essa postura melhora o desempenho, o engajamento e a comunicação entre os colaboradores, além de reduzir afastamentos e rotatividade. Algumas formas de promover saúde mental são:
- programas de bem-estar: fazer parcerias com plataformas de saúde, promover campanhas e incentivar exercícios físicos e outras práticas saudáveis;
- flexibilização: permitir a flexibilidade de horários e modelos de trabalho e incentivar pausas durante o expediente;
- canais de escuta: criar um ambiente seguro e confidencial para falar de dificuldades do dia a dia.
A saúde mental deve ser prioridade o ano todo e não apenas durante o Setembro Amarelo. Mas a campanha é fundamental para orientar a busca por acolhimento, o diagnóstico precoce e o acompanhamento profissional. Afinal, o cuidado emocional é também um cuidado com a vida e com todos ao redor. Por isso, compartilhe informações confiáveis e ofereça apoio para quem você ama.
Cuide da sua saúde emocional com quem entende do assunto. Na dúvida, agende uma consulta ou realize seus exames com o apoio da equipe da Sancet. Estamos aqui para ajudar você a se sentir bem, de corpo e mente.
Em resumo
O que é o Setembro Amarelo?
No Brasil, a Campanha de Prevenção ao Suicídio, chamada Setembro Amarelo, foi criada em 2015 pelo CVV, Conselho Federal de Medicina e Ministério da Saúde.
Quais são os principais sinais de alerta?
Mudanças bruscas de comportamento, isolamento, queda no rendimento e falas frequentes sobre morte ou desesperança. Reconhecer esses sinais pode salvar vidas.
Como cuidar da saúde mental?
Adotar práticas de autocuidado como sono de qualidade, alimentação equilibrada, atividade física, terapia, medicação e apoio da rede social e familiar.
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